quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Rádio também foi beneficiado com invenções de Steve Jobs

Do Portal Tudo Rádio,

O mundo ainda está perplexo com a morte do gênio da comunicação, Steve Jobs, homem que tem parte fundamental na evolução da tecnologia que conhecemos hoje por causa da criação da gigante Apple. O americano morreu na quarta-feira vítima de um câncer raro no pâncreas, doença que foi diagnosticada há alguns anos e que o afastou da presidência da empresa que criou.

As criações de Jobs beneficiaram vários setores comerciais, porém, quem mais se aproveitou de suas invenções foram as emissoras de rádio. Em fevereiro de 2009 um anúncio realizado pela Mix FM 106.3 de São Paulo deu início no Brasil a uma febre que tem alcançado cada vez mais rádios e tende a permanecer um longo período no setor de radiodifusão.

A rádio paulistana foi a pioneira em adotar os aplicativos para o smartphone iPhone e iPod Touch. Esse sistema, criado pela Apple, deu mais mobilidade ao rádio, antes restringido ao computador e alcance dos sinais das AMs e FMs. Após a popularização dos aplicativos da Apple, outras empresas também lançaram aplicativos para smartphones com plataformas Android e Nokia.

Em janeiro deste ano, outra inovação da Apple também tomou conta do mercado de rádios. O aplicativo de rádio ao vivo para o tablet iPad, da Apple, original da família do iPhone, chegou ao Brasil pela Clube FM 105.5 de Brasília, que foi a pioneira a utilizar o sistema.

Hoje a Apple Store brasileira (local onde estão disponíveis os aplicativos de rádio para download) conta com uma extensa lista de aplicativos de rádios. A maioria das principais marcas de rádio está presente nesse sistema. Várias emissoras, como a Jovem Pan 2 FM 100.9, Jovem Pan AM 620, Fast 89 FM 89.1, Clube FM, entre outras, incorporam outros serviços ao aplicativo, como ações promocionais, redes sociais, notícias, entre outras ferramentas que complementam o áudio ao vivo dessas emissoras.

Outras empresas preferiram criar um único aplicativo que contém uma série de emissoras com áudio ao vivo, ou seja, um grupo de rádios disponibiliza através de uma ferramenta todas as rádios integrantes ao seu domínio. É o caso do Grupo Bandeirantes através do aplicativo Band Rádios, plataforma que disponibiliza os áudios ao vivo das rádios Bandeirantes AM 840, BandNews (seis emissoras da rede), Nativa FM 95.3, Band FM 96.1, Educadora FM 91.7, entre outras rádios do grupo.

A contribuição de Jobs não ficou restrita aos sistemas desenvolvidos para aparelhos da marca da maçã. A forma de negócio e possibilidades do iPhone serviu de base para a criação de sistemas concorrentes, tendo o Android o mais famoso e popular entre eles. Rádios brasileiras já investem em aplicativos de áudio e entretenimento para aparelhos que possuem o sistema Android, presente em marcas distintas como Samsung, Motorola, entre outros. O Android já pode ser encontrado em aparelhos vendidos a partir de R$390,00 em determinadas operadoras brasileiras.

Os aplicativos criaram novas formas de negócio para as rádios que, através deles, romperam a barreira da área de cobertura comum oferecido pela propagação de um sinal em FM ou AM. O problema nessa história é que os aplicativos necessitam de conexão com a internet para operarem, sistema que no Brasil ainda é falho e com problemas de cobertura e estabilidade de conexão.

Apesar dos problemas de cobertura para o sinal de internet, os smartphones estão cada vez mais difundidos entre a população brasileira, beneficiando o rádio e gerando novas formas de negócio. Na família Apple os modelos mais avançados de iPod (famoso player de mp3) já dispõe de recepção de rádios em FM e também captação de sistemas RDS, auxiliando ainda mais na popularização do meio.

domingo, 18 de setembro de 2011

As dez características dos empreendedores de sucesso - parte 3

Saber contratar pode ser a chave para o sucesso

Correção de rota Para Kuradomi, saber contratar também é fundamental. "É preciso formar uma equipe de pessoas competentes, não com parentes e amigos de conhecidos", diz. Alves lembra que foi difícil liderar pessoas mais velhas. "É preciso provar que se tem condição de ser chefe", comenta. Hoje, ele não passa mais por essa situação, mas já precisou deixar claro que o funcionário teria que seguir suas regras porque, como empresário, o risco do negócio era dele.

Faz parte do perfil do empresário bem-sucedido compreender que remover barreiras é necessário, segundo Covey. "Eles não têm medo de afastar um empregado que não está apto a exercer determinada função ou que resiste a mudanças referentes ao crescimento da empresa", ressalta. Alves chegou a perder o sono por ter demitido uma pessoa, mas não deixou de fazê-lo. "Não é tarefa fácil dispensar um pai de família, mas hoje consigo lidar melhor com essa situação", afirma. No dia-a-dia de uma empresa, a necessidade de mudança é constante. Não apenas em relação à equipe, mas também frente ao direcionamento do negócio.

É preciso estar sempre aberto ao novo e achar maneiras novas de encarar os desafios, de acordo com Covey. Quando Miano percebeu que fazia sites complexos, cobrando muito pouco, mudou seu modo e sua estratégia. "Daí em diante, comecei a atender clientes de médio e grande porte", afirma. "Os empreendedores de sucesso entendem que mudanças são inevitáveis e sabem se adaptar a elas para que o negócio cresça", afirma Covey. Ao corrigir constantemente sua própria rota, os empresários que conseguiram transformar seus empreendimentos em grandes negócios não se esqueceram de orientar a equipe a fazer o mesmo. "Eles sabem lidar sabiamente com feedbacks e críticas", diz Covey.

Na visão de Alves, o empreendedor bem-sucedido é aquele que consegue fazer sua empresa funcionar sem ele. "Ao dar autonomia para os funcionários, eles se sentem motivados e trabalham melhor", diz. Mesmo delegando tarefas, uma característica dos que se tornaram grandes empresários é trabalhar incessantemente. "Obcecados pelo trabalho, são altamente eficazes durante suas horas de jornada, mas sabem bem a hora de ir para casa! Buscam equilibrar todos os aspectos de sua vida", comenta Covey.

Bateria extra

Para Miano, esse é um desafio perseguido constantemente. "Acho que a grande dificuldade de ser empresário é determinar seu próprio pique. E minha experiência me mostrou que, quando isso não é feito de maneira adequada, se reflete diretamente no faturamento", afirma. De maneira surpreendente para muitos, os empresários de sucesso parecem ter uma pilha que não descarrega nunca. "São pessoas altamente enérgicas", observa Covey.

"Os empreendedores bem-sucedidos buscam em sua alma a energia de que necessitam para manter e fazer crescer seu negócio. E essa sua energia contagia e inspira os outros." Talvez a palavra energia não explique sozinha a disposição dessas pessoas.

sábado, 17 de setembro de 2011

As dez características dos empreendedores de sucesso - parte 2

O consultor americano Stephen covey diz que Os donos de negócios bem-sucedidos são mais parecidos do que se imagina
Por Carolina Sanchez Miranda
Sem se abater

Como no meio do caminho há sempre muitas pedras, esses e outros empresários precisaram, segundo Covey, nutrir constantemente seu espírito empreendedor, assumindo riscos e aprendendo com os erros. "Eles estão sempre dispostos a assumir riscos e aprendem com os próprios erros. Além disso, tomam decisões rapidamente para evitar a burocracia encontrada em organizações maiores", afirma. Logo no início, Kuradomi descobriu que nem todos os clientes eram bons pagadores. "Eu era um bom programador, mas não tinha experiência para administrar", lembra.

Márcio Masulino Alves também passou por maus bocados. Ele começou sua carreira de empresário à frente da Editora HMP um pouco mais tarde que Kuradomi e Miano, aos 27 anos. Até essa idade, trabalhou no departamento de marketing de empresas multinacionais. "Logo percebi que havia uma grande diferença entre ser um executivo em uma empresa e ser responsável por tudo em uma empresa. Não tinha a mínima idéia do que era uma duplicata."

Antes de fazer sua empresa decolar, Miano foi convidado para trabalhar em uma agência de publicidade de médio porte para fazer o mesmo trabalho e aceitou. "A minha idéia era fechar a DigiPronto e transferir a carteira de clientes, já que o salário era bom e eu me achava muito jovem para tocar o negócio", lembra. Ao amadurecer a idéia, no entanto, desistiu da mudança. O que incomodava Miano era a sensação de estar abandonando "o filho que acabara de parir". Mas a experiência como empregado depois de ter aberto seu negócio próprio foi enriquecedora. "Adquiri uma visão comercial muito melhor."

Os empresários de sucesso, segundo Covey, não se deixam abater por pequenas dificuldades. "Eles possuem visão e planos para alcançar as metas. Sabem o que querem. Identificam o que é mais importante para atingir o sucesso e não estão dispostos a sacrificar o que é extremamente importante em função do que é meramente importante", diz. Se não agirem assim, podem perder oportunidades.

A sorte de Kuradomi mudou quando dois empresários, que haviam feito um grande investimento malsucedido na tentativa de automatizar seus negócios conheceram o sistema que ele havia desenvolvido para a loja de autopeças de seu tio. "Quando me viram, a primeira coisa que perguntaram foi: mas o Orácio é você?" Mesmo assim, falaram sobre suas necessidades para o jovem empreendedor. "Eu disse que fazia o trabalho em um mês, mas queria poder começar do zero. Eles toparam e então comecei a decolar", afirma.

Diversidade Miano também enfrentou a falta de credibilidade decorrente da pouca idade. "Pelo menos duas vezes, lembro-me de estar em reuniões e de me perguntarem se meu diretor não participaria", diz. Entre os profissionais contratados por Kuradomi, Miano e Alves as reações não foram tão diferentes. Mas eles souberam lidar com a situação e não evitaram contratar pessoas mais velhas do que eles.De acordo com Covey, os empreendedores de sucesso cercam-se de diversidades. "Eles enxergam, na força de outras pessoas, oportunidades e não ameaças", afirma.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

As dez características dos empreendedores de sucesso - Final

Paixão pelo que fazem
Paixão e persistência também fazem parte do seu perfil. "Só sobrevivi porque eu adoro informática", diz Kuradomi, que acredita que o segredo de seu sucesso é fazer o que gosta. Para quem está começando, Alves recomenda muita persistência. "Nos meus 15 anos como empreendedor, pensei mais de 13 vezes em desistir. O que sempre me motivou foi observar a carreira de muitos empresários que chegaram a falir antes do sucesso." o estilo faz a diferença
Características dos empresários de sucesso, segundo Stephen Covey:
1. Valorizam o trabalho em equipe
Empresários bem-sucedidos reconhecem que formar uma equipe significa obter resultados. Eles sabem que jamais uma pessoa sozinha será responsável pelo êxito de qualquer empreendimento. São atenciosos e valorizam aqueles que merecem
2. Estão dispostos a enfrentar mudanças
Eles entendem que mudanças são inevitáveis e sabem se adaptar a elas para que o negócio cresça
3. Cercam-se de diversidades
Empreendedores bem-sucedidos maximizam a produtividade de seus negócios empregando pessoas que julgam suas fraquezas irrelevantes. Eles também enxergam, na força de outras pessoas, oportunidades e não ameaças
4. Lidam sabiamente com feedbacks e críticas
Instruem e dão feedbacks de maneira a responsabilizar seu pessoal em vez de menosprezá-lo. Estão sempre disponíveis para aceitar feedbacks e críticas
5. Possuem visão e planos para alcançar as metas
Empresários de sucesso sabem o que querem. Eles identificam o que é mais importante para atingir o sucesso e não estão dispostos a sacrificar o que é extremamente importante em função do que é meramente importante. Eles criam um plano estratégico para definir como atingirão suas metas e prazos para que isso aconteça
6. Buscam, de forma pró-ativa, oportunidades
Eles não esperam que as oportunidades venham até eles. São pró-ativos e estão sempre preparados para receber novidades
7. São trabalhadores incessantes e determinados
Obcecados pelo trabalho, os empresários bem- sucedidos são altamente eficazes durante suas horas de jornada, mas sabem bem a hora de ir para casa! Buscam equilibrar todos os aspectos de sua vida
8. Entendem que remover barreiras é necessário
Eles não têm medo de afastar um empregado que não está apto a exercer determinada função ou que resiste a mudanças referentes ao crescimento da empresa
9. São pessoas altamente enérgicas
Estes empreendedores de sucesso buscam em sua alma a energia de que necessitam para manter e fazer crescer seu negócio. Sua energia contagia e inspira os outros
10. Nutrem constantemente o espírito empreendedor assumindo riscos e aprendendo com os erros
Dispostos a assumir riscos, aprendem com os próprios erros. Esses empresários tomam decisões rapidamente para evitar a burocracia encontrada em organizações maiores

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As dez características dos empreendedores de sucesso

Transformar uma idéia em um grande negócio é a aspiração de todo empreendedor. Quem já se aventurou por esse caminho sabe bem o quão difícil é chegar ao objetivo traçado. Os primeiros passos dão a sensação de uma missão impossível. A maioria dos projetos definha no meio do caminho. Mas há inúmeras histórias de pessoas que começaram praticamente sozinhas e hoje comandam grandes organizações. Casos isolados, de gênios ou sujeitos de sorte? Ao que parece, não.

Há muitas semelhanças entre os bem-sucedidos e, se você seguir os mesmos padrões, terá mais chance de realizar as suas ambições. Stephen Covey, autor dos best-sellers Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes e O 8° Hábito, além de fundador da consultoria FranklinCovey, identificou dez características presentes nesses empreendedores. "Toda empresa que hoje é de grande porte já foi pequena um dia. Todos os empreendedores que estão à frente delas já experimentaram fracassos significativos, porém, tiraram proveito deles, aprenderam a persistir, a focar nas demandas do mercado e a buscar novas maneiras de fazer acontecer", afirma Covey.

De acordo com o guru da auto-ajuda, os empreendedores de sucesso correm atrás das oportunidades. "Eles não esperam que as oportunidades venham até eles. São pró-ativos e estão sempre preparados para receber novidades", afirma. O empresário Orácio Kuradomi nunca se acomodou. Sempre buscou complicação – no bom sentido. Começou seu negócio próprio aos 16 anos. "Fui emancipado para poder abrir minha empresa", conta. Aos 15 anos, quando ingressou em uma companhia como programador, começou a atender grandes empresários e, durante seis meses, foi convidado para trabalhar com vários deles. "Percebi, então, que poderia abrir um negócio", diz. Hoje ele é presidente da Microfrequência, uma empresa que desenvolve sistemas de segurança e monitoramento de internet, fatura R$ 1 milhão por ano, tem 15 funcionários e cerca de mil clientes em sua carteira.
Trabalho em equipe

Cristiano Veneri Miano também começou cedo. Aos 19 anos, fundou a DigiPronto, com o objetivo de desenvolver páginas de internet para empresas. "Estava no segundo ano de faculdade e trabalhava com informática desde os 14, por gosto", conta ele. O impulso surgiu do descontentamento no emprego. Ele era responsável pelo braço de uma empresa que, aproveitando a bolha da internet, entrou nesse mercado oferecendo uma espécie de shopping virtual para lojistas. "Fiquei um pouco decepcionado porque tentávamos vender uma solução de internet para lojistas pequenos e havia um grande mercado entre as multinacionais, que estavam sendo pressionadas para implantar web no Brasil", afirma.

Ele decidiu, então, pegar seu computador e se mudar para uma sala no escritório da mãe. Hoje fatura R$ 1 milhão anualmente, tem 300 clientes ativos e comanda uma equipe de 20 pessoas. Tanto Kuradomi como Miano tiveram a consciência, logo no início, de que, se quisessem fazer seus empreendimentos crescer, não poderiam trabalhar sozinhos. Miano começou fazendo sites para as pequenas empresas e anunciando seu trabalho no jornal. Em três meses, o volume de trabalho começou a crescer e ele sentiu a necessidade de contratar um estagiário.

O primeiro parceiro de Kuradomi foi o pai, que o ajudou a superar a dificuldade de conseguir crédito para comprar computadores. Assim que se estruturou, montou uma equipe de vendas para poder se concentrar na idealização do negócio. A valorização do trabalho em equipe identificada por esses empresários é uma característica de sucesso apontada por Covey. "Eles reconhecem que formar uma equipe significa obter resultados. Sabem que jamais uma pessoa sozinha será responsável pelo êxito de qualquer empreendimento. São atenciosos e valorizam aqueles que merecem", afirma.

sábado, 30 de julho de 2011

#SóHoje

O cotidiano de um jornalista nem sempre é cercado de bonança entretanto, nos bons momentos e nas oportunidades você se depara com o que você sonha há anos e, percebe que sempre terá dias melhores,pois #éprecisofalar !!!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Reflexão

Uma mãe levou o filho pequeno ao fundo de um vale, e disse: "Grite as palavras: 'Eu te odeio'!" De repente, ele ouviu o som assustador de "EU TE ODEIO, Eu Te Odeio, Eu Te Odeio!" ecoando pelo vale.

Ela voltou-se para o filho e pediu: "Agora grite as palavras 'Eu Te Amo' o mais alto que puder."
Ele gritou com todas as forças: "EU TE AMO!" De repente, ouviu: "Eu TE AMO, Eu Te Amo, Eu Te Amo!" ecoando ao seu redor.

"Olhe dentro de um lago e veja um espelho de água refletindo sua imagem. Ame outra alma e seu amor se refletirá de volta para você."

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Artigo - O estacionamento privado e o Poder Público Municipal

Os centros de consumo, de que é exemplo o shopping center, se encontram abertos ao público, possibilitando aos que lá se dirigem, estacionamento, segurança, lazer, realização de consultas médicas, compras, relaxamento, conversas e encontros informais. A propriedade é eminentemente de natureza privada, podendo seu proprietário explorar economicamente seu empreendimento, especialmente com a cobrança de estacionamento para automotores.

As pessoas podem se dirigir a esses centros de carona, táxi, mototáxi, caminhando ou, mesmo, guiando seus automotores. Ao optar por adentrar nesses estabelecimentos com seus veículos, recebem o ticket e firmam volitivamente com os mesmos um contrato de prestação de serviços – guarda de seus veículos - cuja relação jurídica é qualificada como de consumo. A partir daí passam a ter a garantia de responsabilizar os guardiões por danos ou furtos ocorridos.

O tão alto custo dessa segurança precisa ser compartilhado com os próprios beneficiários, então consumidores, especialmente com a cobrança de estacionamento. O valor cobrado deve ser suficiente para cobrir todas as despesas advindas da manutenção da segurança do estacionamento e da responsabilidade pela prática de ilícitos.

Assim, poderia o Poder Público Municipal se imiscuir nessa relação jurídica e estabelecer limites, parâmetros e gratuidade pelo uso de estacionamento, já que não possui quaisquer responsabilidades por danos ocorridos nos automotores quando estão sob a guarda do shopping? Pela seara jurídica, prevê a Constituição Federal, em seu art. 22, I, que cabe à União legislar sobre Direito Civil, podendo inclusive através de Lei Complementar autorizar os Estados (não os Municípios) a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas no supracitado artigo (parágrafo único do art. 22 da Carta Magna).

Aos Municípios, a Constituição Federal não outorgou essa faculdade nem em caráter comum (art. 23), nem em caráter privativo (art. 30). Essa competência permite aos entes federativos, União e Estados, o disciplinamento das obrigações e deveres no contrato de prestação de serviço firmado entre as partes envolvidas, não podendo, contudo dispor sobre a “gratuidade de estacionamento”.

Calha mencionar que mesmo para aqueles que defendem a possibilidade de tal intervenção do Poder Público Municipal, a pretexto de tratar de uma limitação urbanística para os imóveis que dependam de autorização para funcionamento, tal argumento não prospera, pois o Direito Urbanístico cuida de impor restrições apenas no tocante ao uso do terreno (arruamento, alinhamento, nivelamento, circulação, funcionalidade, estabelecimento de número máximo de pavimentos ou de número mínimo de vagas a serem oferecidas), não tendo qualquer interferência, contudo, quanto a uma prerrogativa de se cobrar pela utilização da propriedade particular.

Poderia se invocar vários ramos do Direito para tentar abrir caminho na seara interpretativa, pois inexistente previsão legal, para se permitir àqueles entes a concessão de gratuidade. Nesse diapasão, os princípios constitucionais da livre iniciativa, da livre concorrência e do consagrado direito de propriedade (art. 5º, XXII, da CF/88), diante da Supremacia do Texto Constitucional, não sucumbem diante da legislação infraconstitucional que dispõe sobre quaisquer parâmetros para fixação de valores relativos à cobrança de estacionamentos nos estabelecimentos privados.

Volvendo a relação de consumo citada no início, poder-se-ia questionar: Direito do Consumidor não é uma garantia fundamental? E as garantias ao consumidor reconhecido como vulnerável, hipossuficiente, reclamando boa-fé e equilíbrio nas relações firmadas entre consumidores e fornecedores tendo por base o estabelecido na Política Nacional das Relações de Consumo?

Respondo, a cobrança de estacionamento não vulnera o direito do consumidor, na medida em que o mesmo não é obrigado a contratar o serviço de estacionamento prestado pelos centros de compras, podendo inclusive utilizar as ruas próximas para estacionar, criando estímulo a se pleitear junto ao Poder Público Municipal a gratuidade quanto ao pagamento de estacionamento nas áreas de zona azul ou assemelhados.

Como cediço, o consumidor é o mais eficiente instrumento controlador de preços e, em casos de insatisfação e abusos, pode os inconformados pela cobrança de estacionamento procurar e valorizar as lojas do centro e adjacências em detrimento das localizadas no shopping center.

Demais disso, o Direito de Propriedade também é uma garantia fundamental e, no caso tratado, deve o Direito do Consumidor ceder diante da interpretação realizada pelo guardião da Constituição Federal (possibilidade de cobrança de estacionamento, ver ADIN 2448/DF e ADIN 1918/ES) e porque é o que mais se coaduna com a situação fática em debate.

O que se busca no cotejo de princípios e garantias constitucionais é a máxima efetividade e o efeito integrador harmonizando-se com todas as normas constitucionais. Asseguro que o proprietário de tais estabelecimentos comerciais tem o direito público subjetivo de exercer livremente sua atividade econômica, sem quaisquer restrições externas que não estejam exclusivamente vinculadas ao cumprimento de sua função social.

Sob o prisma da segurança jurídica, permitir a intervenção do Poder Público Municipal na propriedade privada colocaria os proprietários dos centros comerciais à mercê da ingerência pública em seus domínios, gerando incertezas e receios que conduziriam a uma desarmonização das próprias relações jurídicas. Sem olvidar que a depender das novas diretrizes políticas poderiam se valer desse poder para aumentar, reduzir, isentar o pagamento de estacionamento, primando por desígnios que poderiam destoar do interesse público. Mais grave, estaria o legítimo proprietário impedido de dispor de sua propriedade como melhor lhe aprouvesse.

Hipoteticamente, podemos vislumbrar a possibilidade do Poder Público Municipal passar a disponibilizar a guarda municipal para proceder a segurança dos veículos nos estabelecimentos privados e se responsabilizar civilmente por todos os danos ocorrentes nos mesmos, o que oneraria substancialmente o erário público e sujeitaria o Gestor Municipal a imputação de prática de ato de improbidade administrativa. Nesse contexto, ainda haveria grave violação ao consagrado Direito de Propriedade por esta inconstitucional intervenção.

Prática simples e que conduziria a solução política e jurídica para a situação tratada, é a transferência para os lojistas a responsabilidade pelo pagamento do estacionamento de seus clientes. Para que não haja um desequilíbrio nessa relação jurídica, se estabeleceria uma quantia mínima para compras, o que resultaria num incremento substancial nos negócios e traria de volta a satisfação dos clientes e freqüentadores do shopping center.

Assim, não pode o Poder Público Municipal intervir na propriedade privada para estabelecer limites, parâmetros e gratuidade de estacionamento propiciado pelos centros privados de compras, sob pena de causar grave desequilíbrio na prestação de serviços, tendo em vista que estes, possíveis responsáveis pelos danos ocorrentes nos automotores, ficarão sem uma das receitas que poderia utilizar para este mister. Portanto, a livre iniciativa, a livre concorrência e o Direito de Propriedade são postulados constitucionais que devem ser salvaguardados pelo Poder Judiciário.


Josilton Antonio Silva Reis, juiz da Vara da Fazenda Pública de Petrolina.

Extraído do portal: http://www.tjpe.jus.br/noticias_ascomSY/ver_noticia.asp?id=7579

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Os espelhos - Clarice Lispector

"O que é um espelho?

Não existe a palavra espelho - só espelhos, pois um único é uma infinidade de espelhos. - Em algum lugar do mundo deve haver uma mina de espelhos?
Não são preciso muitos para se ter a mina faiscante e sonambúlica: bastam dois, e um reflete o reflexo do que o outro refletiu, num tremor que se transmite em mensagem intensa e insistente ad infinitum, liquidez em que se pode mergulhar a mão fascinada e retirá-la escorrendo de reflexos, reflexos dessa dura água.

- O que é um espelho? Como a bola de cristal dos videntes, ele me arrasta para o vazio que no vidente é o seu campo de meditação, e em mim o campo de silêncios e silêncios. - Esse vazio cristalizado que tem dentro de si espaço para se ir para sempre sem parar: pois espelho é o espaço mais profundo que existe.- E é coisa mágica: quem tem um pedaço quebrado já poderia ir com ele meditar no deserto. De onde também voltaria vazio, iluminado e translúcido, e com o mesmo silêncio vibrante de um espelho.- A sua forma não importa: nenhuma forma consegue circunscrevê-lo e alterá-lo, não existe espelho quadrangular ou circular: um pedaço mínimo é sempre o espelho todo: tira-se a sua moldura e ele cresce assim como água se derrama



- O que é um espelho? É o único material inventado que é natural. Quem olha um espelho conseguindo ao mesmo tempo isenção de si mesmo, quem consegue vê-lo sem se ver, quem entende que a sua profundidade é ele ser vazio, quem caminha para dentro de seu espaço transparente sem deixar nele o vestí­gio da própria imagem - então percebeu o seu mistério. Para isso há-de se surpreendê-lo sozinho, quando pendurado num quarto vazio, sem esquecer que a mais tênue agulha diante dele poderia transformá-lo em simples imagem de uma agulha.

Devo ter precisado de minha própria delicadeza para não atravessá-lo com a própria imagem, pois espelho que eu me vejo sou eu, mas espelho vazio é que é espelho vivo. Só uma pessoa muito delicada pode entrar num quarto vazio onde há um espelho vazio, e com tal leveza, com tal ausência de si mesma, que a imagem não marca. Como prêmio, essa pessoa delicada terá então penetrado num dos segredos invioláveis das coisas: Vi o espelho propriamente dito.E descobri os enormes espaços gelados que ele tem em si, apenas interrompidos por um ou outro alto bloco de gelo.

Em outro instante, este muito raro - e é preciso ficar de espreita dias e noites, em jejum de si mesmo, para poder captar esse instante - nesse instante consegui surpreender a sucessão de escuridões que há dentro dele. Depois, apenas com preto e branco, recapturei sua luminosidade arco-irisada e trêmula. Com o mesmo preto e branco recapturei também, num arrepio de frio, uma de suas verdades mais difí­ceis: o seu gélido silêncio sem cor. É preciso entender a violenta ausência de cor de um espelho para poder recriá-lo, assim como se recriasse a violenta ausência de gosto da água.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

As mídias nos consomem

Com as festividades juninas e com o #Notebook enfermo está sendo díficil postar algo no blog. Entretanto, este post me chamou atenção pela curiosidade do fato da mídia e o consumismo.

Boa Leitura !
Extraído do Blog O Jornalista

Nós deixamos de consumir mídia e passamos a ser consumidos por ela. Os fluxos midiáticos estão presentes em nosso cotidiano do momento em que acordamos até a hora de dormir… isso é, quando não sonhamos com eles. E-mails, Twitter, Facebook, Orkut, jornais, TV… nos tornamos incapazes de desligar.

O pessoal da Smigly fez um vídeo bem interessante sobre o assunto. Quem nunca se sentiu assim?